3ª Secção

INTRODUÇÃO HISTÓRICA

A terceira Secção tem origem no Regulamento anexo ao Decreto 3.443 de 1865, o primeiro que divide o trabalho em secções, com atribuições e responsabilidades definidas. Transcrevo alguns trechos do documento original :

Decreto nº 3.443, de 12 de Abril de 1865
Approva o Regulamento para o serviço dos correios do Imperio.
CAPITULO II
Divisão do trabalho
Art. 5º A Directoria Geral dos Correios é dividida em cinco Secções:
• Secção central, sob a immediata direcção do Director Geral.
• Primeira Secção, da contabilidade, dirigida pelo Contador.
• Segunda Secção, da Thesouraria, tendo por chefe o Thesoureiro.
Terceira Secção, da expedição das malas, dirigida por um primeiro official.
• Quarta Secção, do recebimento da correspondencia, dirigida por um primeiro official.
Art. 9º A Terceira Secção comprehende todos os trabalhos concernentes ao preparo e expedição das malas.

A implementação é imediata, tanto que lemos na imprensa nesse mesmo ano notas assinadas pela 3a. secção referente à distribuição de malas. A imagem a seguir, por exemplo,  foi publicada no Correio Mercantil.

Alterações nessa estrutura só saberemos pela leitura do Almanak Laemmert que anualmente descreve sucintamente a estrutura e o quadro de pessoal. Assim, sabemos que em 1873 foi atribuída à 3a. também o franqueamento e a responsabilidade pelo correio ambulante na EF D. Pedro II (alíás, citado na nota acima).

No menu “Agencia 1º de Março” (1865-1882) descrevo em detalhes todos os carimbos utilizados pela agencia central nesse período. É possível que alguns deles tenham sido utilizados pelas seções operacionais como a 3a. e a 4a. e, a partir de 1871, também a segunda. Mas não há nada nas legendas que nos permita atribui-los especificamente.

A situação só mudaria no início dos anos 1880 quando começam a aparecer carimbos trazendo na legenda menção às secções.

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3a. SECÇÂO E SEUS CARIMBOS

 

Parte I – Império (1881-1889)

A apresentação das imagens segue ordem cronológica e separada por tipos. A maioria das peças foi postada no site diretamente das imagens que eu possuía e portanto não têm preocupação com as dimensões relativas entre elas. Os diâmetros reais dos carimbos também variam muito e a melhor estimativa consta das etiquetas explicativas ao lado das peças. As imagens são do acervo K.L. a menos que informadas diretamente.

a) Carimbos com horário (1881-82)

Os primeiros carimbos curiosamente trazem algarismos na legenda inferior, provavelmente horários de expedição. Eu os atribuí à 3a. porque, como veremos, logo a seguir vieram as legendas em três turnos (M, T e N).

Tipo CRJ 121 (1881)

Carta postada no Rio em 1º de outubro de 1881 (ano em pequenitos) com destino a Barra do Piraí. Legenda “7 – 8 1/2” sem parênteses.

Tipo CRJ 122.1 (1882)

Carta postada em Cocaes (MG)  em 4 de junho (deveria ser julho) de 1882 com destino a Londres. Passou por Santa Barbara em 6/7, Ouro Preto em 8/7 e recebeu carimbo de recepção pela 4a.Secção em 10/7 sendo no mesmo dia expedida em mala para Londres pela nossa 3a. Secção. Este último carimbo traz a hora 7-10 na legenda inferior sem parenteses .

Tipo CRJ 122.2 (1883)

Carta postada no Rio em 5 de abril de 1883 (coleção do autor). O carimbo da 3a.Secção traz na legenda inferior uma apresentação da hora entre parênteses e com separador duplo (7=10). Esses modelos se repetirão na série em turnos.

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b) Carimbos com turnos 

Há muita variação de tipologia e formatos nessa série. A diferença mais marcante está na abreviação da Secção-Turno na legenda inferior, base da organização da apresentação. O quadro mostra um resumo.

Tipos CRJ 123 do turno da manhã:

Tipo CRJ 123.1 série A (1882)

Postada no Rio em 9 e dezembro de 1882 com destino a Paris. Notem que a legenda inferior é 3-M sem parênteses.

TIPO CRJ 123.2 série B (1883-84)

 

Dois envelopes com destino à Europa. Reparem que, mesmo sendo ambos da série B, há diferenças nas legendas.

TIPO CRJ 123.3 série C (1885-1887)

 

Tipos CRJ 124 (turno da tarde)

Tipo CRJ 124.1 série A (1882)

Reparem no carimbo de postagem datado de 30 de setembro de 1882. Ele lembra muito o carimbo CRJ 28 circulado na agencia 1º de Março nos anos 1870. Reforça a tese que talvez ele já fosse utilizado pela 3ª na época.

Tipo CRJ 124.2 série B (1883)

Tipo CRJ 124.3 série C (1883-1887)

Vale comentar o trajeto dessa carta. Postada a 22/12/1884 em S.Paulo de Muriahe (atual Muriae – MG) e destinada a Conceição do Matto Dentro (tambem em MG) ela fez escala na Corte, onde chegou em 24/12 e foi reexpedida ao destino em 26.

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Tipos CRJ 125 (turno da noite)

Não tenho conhecimento das duas primeiras séries no turno da noite.

Tipo CRJ 125.3 série C (1885-1887)

A primeira carta foi postada em S. Paulo com destino à Suíça. O carimbo da 3a. é de trânsito no Rio; a segunda foi postada no Rio com destino a Dinamarca. Isso explicaria a diferença da tipologia entre eles (3.N.)?

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Tipo CRJ 125A

Este raro carimbo, do qual tenho como imagem somente uma reprodução, apresenta desenho único que só encontra alguma semelhança com o exemplar do correio ferroviário ambulante (tipo P.A.1699) classificado neste trabalho na linha 1 (do Centro), numerado AMB 4A circulado também em 1884.

Tipo CRJ 125A.1 (1884)

A legenda manhã nos faz supor que existiram também os turnos tarde e noite, já que os tipos anteriores possuíam os três turnos.  As artes foram criadas pelo colega Carlos e a imagem que serviu de base é uma reprodução.

 

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c) Tipos Urbanos

Tipo CRJ 126 (1885-1887)

Outro carimbo peculiar que circulou somente na 3a. Secção. Ele tem algumas particularidades que descrevo:

  • é o primeiro carimbo com o desenho urbano, ou seja círculo duplo com uma “caixa” interna onde está o datador.
  • o datador é em uma linha, que, além da data, traz mais duas posições separadas por um ponto. Ele também foi pioneiro em trazer esses dígitos suplementares, conhecidos por “digitos de controle” (DC) que servem para indicar a hora, ou turma ou guichê, etc. Neste caso, eles trazem 3T, que interpretei por 3a.Secção Tarde. Não conheço seus pares 3M e 3N cuja existência poderíamos supor.
  • o extenso florão na legenda inferior é também inédito.

Na carimbologia deste site, recebeu o numero T 3.

Carta postada na Corte em 1887 com destino a MG (acervo KL).

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Tipos CRJ 127 “urbano” (1887-1880)

O tipo 126 foi substituído pelo tipo urbano que circulou nas 1a, 3a e 4a. Secções, embora somente na 1a. em três séries.  Na 3a. portanto, só existem  exemplares da 1a. série, ou seja, circulados no Império. Possuem divisão em três turnos.

Seu desenho é baseado no tipo 126, sem os DC, mas com menção ao turno. Circulou somente por dois anos. Aliás, não consegui descobrir a razão do uso dos dois tipos urbanos, interrompendo o uso dos carimbos circulares clássicos.

Tipo CRJ 127.1 manhã (1887)

Tipo CRJ 127.2 tarde (1887)

Tipo CRJ 127.3 noite (1887)

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d) Tipos regulares diversos (1888-1890)

No final do Império não foram publicados relatórios ou novos regulamentos. O que conhecemos são as sumárias descrições de estrutura publicadas pelo Almanak Laemmert até 1882. Neste último, a 3a. Secção tem como atribuições a saída da correspondência e o franqueamento da correspondência registrada com e sem valor.

Nesse meio tempo publicou-se, no apagar das luzes do Império, um novo regulamento em 1888 que mantem basicamente a sua responsabilidade pelo serviço de registro.

Uma boa pista para entender a legenda dos carimbos dessa época está no Relatório dos Correios de 1891, comentado mais à frente já na república, onde se acha uma descrição detalhada de cada um dos processos internos da seção.

A última série do Império são os carimbos legendados  “Expedição” e de “Distribuição” que circularam nos últimos meses do Império e entraram pela República até o final de 1890 quando foram substituídos pelos de legenda “Capital Federal” que veremos no próximo bloco.

Tipo CRJ 128 Expedição (1888-90)

Carta registrada postada no Rio em 12 de dezembro de 1888 com destino à Espanha. Vale registrar o tamanho do carimbo (25 x 15 mm) que não guarda semelhança com os demais apresentados na coleção (22,5 x 13), o que reforça a completa falta de padronização da época (acervo KL).

Tipo CRJ 129 – Distribuição (1889-90)

 


Parte II – República, 1º tempo (1890-1894)

Após a proclamação, não demorou muito para ser publicado o Regulamento dos Correios da Republica dos Estados Unidos do Brazil, approvado pelo decreto n.368 A de 1 de maio de 1890. Transcrevo os principais trechos (meus grifos):

CAPITULO XI – CORREIO DA CAPITAL FEDERAL E ADMINISTRAÇÕES

    Art. 109. O Correio da Capital Federal será administrado pela Directoria Geral, e dividir-se-ha em quatro secções, denominadas: 1ª, de recebimento e expedição; 2ª, de distribuição; 3ª, de registro; 4ª, dos serviços ambulantes.

    Art. 112. A’ 3ª Secção incumbe: registrar todas as correspondencias; a recepção e abertura dos volumes de correspondencia registrada procedente do Brazil ou de paizes estrangeiros; a conferencia, manipulação e lançamento dessa correspondencia, assim como sua distribuição, tanto no Correio, como nos domicilios pelos carteiros da 2ª Secção; o preparo e entrega dos volumes de correspondencia registrada com ou sem valor que tiverem: de ser expedidos; a classificação e devolução da que não tiver podido ser distribuida; a classificação da que cahir em refugo; a entrega dos avisos de recepção; e a estatistica diaria do serviço a seu cargo.

    Art. 114. Haverá em cada capital de Estado, excepto na do Rio de Janeiro, uma administração de Correios.

As atribuições acompanham as de 1888 mantendo na 3a. Secção basicamente o serviço registrado.

No entanto, maior detalhamento se encontra no Relatório dos Serviços do Correio relativo ao ano de 1891 (apresentado pelo DGC em maio de 1892) e transcrito em partes no DOU. Assim é descrita a estrutura em nove turmas da 3a.Secção:

Isso faz sentido com as legendas da coleção que vemos a seguir: expedição, recebimento, distribuição e registro com valor. Fico devendo imagens de carimbos de registro sem valor, se é que existem; em compensação, apresento a distribuição que talvez fizesse parte da expedição. Todos com legenda “Capital Federal”.

Tipo CRJ 130 – Expedição  (1891-1893)

Tipo CRJ 130a – Idem (1894) (variedade no diâmetro externo)

Tipo CRJ 131 – Recebimento  (1893-1894)

Tipo CRJ 131A – Distribuição (1893)

Tipo CRJ 132 – Registro com valor (1891-1894)

Curiosidade. O último carimbo registrado acima é datado de 10 de abril de 1894 por coincidência a mesma data de publicação do Decreto 1692-A que, entre outras coisas, extinguiu a 3a.Secção.

 


Essa estrutura de seções permaneceria até 10 de abril 1894, quando foi publicado o Decreto 1692-A. Nele, amplia-se o número de seções de quatro para oito e se redistribuem as atribuições. À terceira é atribuída a Tesouraria, ou seja, funções não operacionais. Ficaremos sem carimbos desta seção por mais de quinze anos, até novo decreto ao final de 1909.


 

Parte III – República, 2º tempo (1910-1940)

O Decreto 7.653 de 11 de novembro de 1909 aprova novo Regulamento dos Correios. Quanto à 3a. Secção, ela volta a ter atribuições operacionais, assim descritas (sic):

  • Recebimento, conferencia, preparo, expedição, por via maritima, de malas de e para o interior e exterior
  • Collecta da caixa geral da repartição;

Dois anos depois, o Regulamento publicado no Decreto 9.080, de 3 de novembro de 1911 reconfirma as atribuições da 3a. Secção – malas para o exterior e interior da republica (exceto ambulantes).

a) Barras-Duplas (1912-1916)

Os primeiros carimbos que surgem são do tipo Barras-Duplas (T 5i) dos quais o mais antigo que possuo é de 1912. Esse carimbo circulou em quase todas as Secções e sua tipologia às vezes torna difícil a identificação. Por isso preparei o quadro abaixo. No caso da 3a.S o diferenciador é o ano grafado em 4 dígitos.

 

Tipo CRJ 133.1 – 1a. Turma (1916)

Tipo CRJ 133.2 – 2a. Turma (1912-1913)

 

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b) Carimbos regulares (1915-1940)

Como se viu, os barras-duplas circularam por pouco tempo e são relativamente escassos. Foram sucedidos por uma série de carimbos regulares de formato clássico que circulou em três turmas.

Não havia na série muito esforço de padronização de formatos e tipologia. Mas consegui ver um padrão de mudança ao longo do tempo na grafia (3a. seção) da legenda inferior.  Assim, eu os classifiquei em três tipos conforme a apresentação da “3a. secção” na legenda inferior, exemplificados na imagem ilustrativa a seguir:

Os tres tipos

Tipo1 – entre parênteses        Tipo2 – entre pérolas     Tipo3 – sem separadores

 

Tipo CRJ 135.1 – 1a. Turma Tipo1 (1915-1916)

Tipo CRJ 135.2 – 2a. Turma Tipo1 (1915-1916)

Tipo CRJ 135.3 – 3a. Turma Tipo1 (1915)

Tipo CRJ 136.1 – 1a. Turma Tipo2 (1918-1924)

A carta tem datador ilegível; atribuí a ela a data de lançamento da série alegorias.

Tipo CRJ 136.2 – 2a. Turma Tipo2 (1918-1919)

Tipo CRJ 136.3 – 3a. Turma Tipo2 (1917-1919)

A segunda carta (selo proceres) é datada 1917, conforme carimbo no verso.

Tipo CRJ 137.1 – 1a. Turma Tipo3 (1920-1925)

A primeira carta está  com o ano do datador montado todo errado, deveria ser 1920

A segunda carta foi postada em alto mar, como diz o carimbo anexo

Tipo CRJ 137.2 – 2a. Turma Tipo3 (1921-1932)

O envelope é cópia do apresentado adiante na M.P. (CRJ 144); o carimbo datador está vazio, mas há um manuscrito atribuindo a data 30.05.1932, que adotei.

Tipo CRJ 137.3 – 3a. Turma Tipo3 (1921-1928)

As peças mostram as variações que esses carimbos regulares apresentam ao longo do tempo e que ficam claras na grafia do algarismo 3 (em 3a. secção).

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O próximo tipo é um Bilhete Postal com raro carimbo tipo T6. Foi enviado por uma pequena empresa de Niterói, mas postado no Rio. Não conheço nenhum outro exemplar com esse carimbo na 3aS, e alguns poucos na 4a, 6a e 7aS.

Por curiosidade, o destinatário The Kelsey Company operou de 1872 a 1994 e fabricava uma pequena e curiosa impressora tipográfica manual de mesa.

Tipo CRJ 138.2 (1927)

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A série seguinte é a última da 3aS, desativada por volta de 1940. São selos tipo T10, com mês em algarismos romanos e  introduz o formato grande 31 x 20 mm. Circularam também em três turnos.

Tipo CRJ 140.1 (1938)

Tipo CRJ 140.2 (1931-1940)

Tipo CRJ 140.3 (1932-1940)

 


Parte IV – Tipos especiais e de serviço

a) Carimbos M.P. (Mão Própria)

(Dic.) Mão própria é sinônimo de “Em Mãos”. Ou seja, entregar pessoalmente alguma coisa a alguém.

Atualmente, os Correios ainda utilizam a expressão M.P. porém com significado um pouco diferente, ou seja, garantir que a entrega seja feita somente em mãos do destinatário. Esse tipo de serviço paga uma taxa extra.

Um pouco de história

O Decreto 9.080 de 3 de novembro de 1911 se refere diversas vezes ao termo mão propria como um tipo de correspondência ao descrever as atribuições da Administração dos Correios de vários estados. Por exemplo, no Art. 345 (de S. Paulo), lê-se em sua 4a. Secção, item 10: Fiscalização da correspondencia de ultima hora e de mão propria. Entretanto, não a define no texto do regulamento e nem a cita especificamente nas atribuições da Administração do Distrito Federal.

A primeira referência específica ao serviço aparece no decreto de 1921:

DECRETO N. 14.722 – DE 16 DE MARÇO DE 1921
Approva o regulamento que reorganiza os serviços dos Correios da Republica
CAPITULO IV – CLASSIFICAÇÃO DA CORRESPONDENCIA
Art. 16. A correspondencia, em geral, classifica-se:
(…)
f) 9º, de mão propria, a que o remettente apresenta ao Correio para ser carimbada afim de transitar por intermedio de particular;

Embora este regulamento defina o termo como um tipo de correspondência, novamente não define a seção dos Correios do DF responsável pelo processo. O que sei através dos carimbos é que eles estiveram a cargo da 5a.Secção de 1898 a 1908, reaparecendo agora na terceira.

MP na 3a. Secção (1916 a 1934)

Como veremos a seguir, tenho carimbos MP datados de 1916 a 1934. Alguns deles trazem a legenda 3a.Secção, local em que decidi apresentá-los. Várias peças têm trajetos marítimos explícitos, tanto nacionais quanto internacionais.

Alguns não possuem datador e o mesmo acontece com a 5a. seção que os utilizava anteriormente. Não há consenso no meio filatélico sobre o motivo dessa omissão. Pessoalmente, acredito que o carimbo M.P. tem tripla função: obliterar o selo, datar/localizar a postagem e autorizar seu transporte em mãos. Portanto, quando utilizado a bordo, por exemplo, não havia necessidade comprovar a data e local de postagem e assim, o carimbo servia somente como obliterador e autorizador.

Tipos CRJ 141 a 145

São sui-generis esses carimbos com bandeirolas M.P. circulados entre 1933 e 1934.

b) Paquebot

(Dic.) Paquete (do inglês Packet-boat e do francês Paquebot): navio ligeiro a vapor para transporte de correspondência e passageiros.

(Dic.Filat.) Carimbos em cartas coletadas a bordo de navios para serem entregues em uma agência postal do porto de destino para posterior encaminhamento. O uso de tais carimbos está previsto nas regras da U.P.U. desde cerca 1894.

Os regulamentos postais não mencionam o paquebot especificamente em nenhuma seção do Correio Central.  Lembro ainda que, pela análise dos carimbos da coleção,  a atribuição de MP esteve na 5a. seção entre 1898 e 1908.

Paquebot na 3a. Secção

Os raros carimbos que tenho na coleção mencionam 3a. Seção na legenda, onde decidi classificá-los. Tenho datas entre 1911 e 1919.

c) Conferencia:

O exemplar CRJ 147 que apresento abaixo como fragmento tem uma característica singular ao trazer a legenda superior “D.G. dos C. RIO” que nos faz pensar tratar-se de um carimbo administrativo. No entanto, a legenda inferior acrescenta “3a.S” e as orelhas 2A./T. que de fato significam seção e turma operacionais. Consultando o regulamento de 1921 vemos que de fato a 3ª Secção tem entre suas atribuições (e logo como a primeira), “1º Recebimento, abertura e conferencia, das malas entradas, por via maritima ou terrestre (…)” o que justifica a catalogarmos aqui.

 

 

Carimbos mecânicos

a) CRJ 148 Obliteradores (1914-1918)

Apesar de os primeiros exemplares obliteradores já aparecerem em 1914, a 3a. Secção foi econômica em utilizar esse recurso, sendo escassos seus carimbos. Só os conheço do tipo T 93, os mais antigos, com letras na flâmula.

b) CRJ 149 Propagandisticos (1935-1938)

Quanto aos propagandísticos, foram utilizados também com parcimônia nos anos 1930. Dele só tenho conhecimento através da monografia de Karlheinz Wittig, da qual reproduzi a imagem abaixo:

 


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