São João da Barra

MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA

O município possui história antiga e conturbada. Sua origem está ligada à Vila de São João da Praia, de 1627. Elevado a município por volta de 1674, há controvérsias sobre seu nome, existindo as versões São João da Praia e São João da Barra. Em 1º de junho de 1753 o município é transferido para o Estado do Espírito Santo, com o nome de Freguesia de São João da Praia e em 31 de agosto de 1832 é reincorporada ao Estado do Rio de Janeiro como município de Vila de São João da Barra. Elevada a cidade em 17 de junho de 1850, mantém a mesma denominação. É a data em que se comemora seu aniversário oficial.

Três dos seus distritos, Barra Seca (1856) São Sebastião do Itabapoana (1857) e Maniva (1874), foram emancipados em 10 de janeiro de 1995 formando o novo município São Francisco de Itabapoana.

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Histórico dos Distritos (em negrito os vigentes em 2014, cf. IBGE)

Paraíba do Sul (1756) depois São João da Barra (1850)

Barra Seca (1856) [*]

São Sebastião de Itabapoana (1857), depois Itabapoana (1933) [*]

Itaí, ou Itahy (1873) depois Amparo do Itaí (1933) depois Pipeiras (1938)

São Luiz Gonzaga (1874) depois Maniva (1943) [*]

Barcelos (1958)

Atafona (2014)

Cajueiro (2014)

Grussaí (2014)

[*] Os três distritos assinalados foram desmembrados em 1995 para formar o município de São Francisco de Itabapoana:

 


AGÊNCIAS POSTAIS

 

REDE FERROVIÁRIA

HISTÓRIA, CURIOSIDADES E IMAGENS DE AGÊNCIAS

 

São João da Barra ficou conhecida no país através de um produto que é seu símbolo, o Conhaque de Alcatrão de São João da Barra, o “Conhaque do Milagre”. A Indústria de Bebidas Joaquim Thomaz de Aquino Filho foi fundada em 1908 com a fabricação do “Cognac de Alcatrão da Noruega”, mais tarde renomeado para homenagear a cidade.

A imagem atual da indústria, em prédio de 1915, às margens do Rio Paraíba.

 


São João da Barra (Local 1 no mapa)


O porto situado na foz do rio Paraíba do Sul foi o grande motor de desenvolvimento da localidade, que culminou com sua elevação a cidade em 1850. Ao final do século, a assoreamento do rio Paraíba e a concorrência das ferrovias motivaram um longo processo de decadência que só seria revertido com os royalties do petróleo nos anos 1980.

Foto Ralph Giesbrecht (1996) estacoesferroviarias.com.br

A ferrovia Campista inaugurou sua estação em 1895. A agencia postal da cidade é pré-filatelica e criada em 1829 o que a torna a décima-primeira mais antiga do estado.

ERJ 1263 – São João da Barra (1829 –  )


Atafona (Local 2 no mapa)


Distrito de São João da Barra, situa-se no extremo norte do município, junto da foz do Rio Paraíba do Sul.

      >foto Bruno Pionkewicz de Souza (2016) estacoesferroviarias.com.br

A estação ferroviária foi inaugurada em 1895. e está abandonada. Não tenho imagens da agencia.

ERJ 1264 – Atafona (1896-1963)
ERJ 1265 – AGC Atafona (1999 – )

Agencia centenária, da qual não possuo imagens

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Pontal de Atafona

Há algumas décadas, o local conhecido por Pontal de Atafona na foz do Paraíba vem sendo invadido pelo mar. Matéria do jornal O Globo de 2 de julho de 2017 volta a abordar o tema, motivada pelos recentes estragos causados pela maré.

 


Barcelos (Local 5 no mapa)


A Usina Barcelos foi inaugurada no dia 23 de novembro de 1878 com a ilustre presença do Imperador D. Pedro II, que veio especialmente para o ato em companhia da Imperatriz Thereza Christina e uma vasta comitiva.

Sua construção foi decorrente de leis federais e provinciais incentivando o estabelecimento de engenhos centrais no Brasil, entre os quais o Engenho Barcelos, que trouxe grande desenvolvimento ao município e fez surgir a própria localidade de Barcelos, atualmente sede de um dos distritos de São João da Barra. Em 1974 a Usina foi adquirida pelo Grupo Othon, sendo desativada em 2009.

A estação ferroviária, construída em frente à usina, é de 1895. A agencia postal é de 1919; conforme se vê em legenda de carimbos, a agencia deve ter sido subordinada a Campos por algum tempo.

ERJ 1268 – Barcelos (1919-2002)
ERJ 1269 – AGC Barcelos (1999 – )

 


Tahy / Taí (Local 6 no mapa)

Pipeiras (Local 7 no mapa)


Fragmentos de informação sugerem posição entre as antigas lagoas Taí Pequena e Taí Grande (esta fazia a divisa com Campos); ambas estão hoje bem reduzidas. Fala-se de “uma grande fazenda Tahy” cujo proprietário teria adquirido a fazenda Degredo – que é o local 6 assinalado no mapa acima. Na Wikimapia de 2024 o mesmo local está nomeado Amparo do Taí, que acredito resolva a localização.

Quanto ao distrito, IBGE o nomeia Itaí (1873), depois Amparo do Itaí (1933) e, por fim, Pipeiras (1938). O fato de o IBGE informar novo nome não significa necessariamente renomear, mas pode também indicar simplesmente a mudança de local da sede, que parece ser o caso. Pipeiras, está no local 7 no mapa.

Obs. Existe uma localidade Taí (com estação) em Campos dos Goytacazes (1928-1969).

ERJ 1270 – Taí (1878-1919)
ERJ 1271 – Pipeiras (1958-2002)
ERJ 1272 – AGC Pipeiras (2001- )

 


Praia do Açu (Local 10 no mapa)


ERJ 1275 – AGC Praia do Açu (2005-2016) sem imagens

Registro esta AGC, hoje fechada, pela oportunidade de apresentar o Porto do Açu, principal polo econômico da região.

O Porto do Açu é um empreendimento desenvolvido pela holding Prumo Logística, que oferece soluções de infraestrutura para os setores de Óleo e Gás, Mineração e Logística, além de ser uma das principais plataformas do Brasil para industrialização de baixo carbono.  Único porto totalmente privado do país, possui um dos principais terminais de minério de ferro, exporta petróleo para todas as operadoras instaladas em território nacional, ergue o maior parque térmico da América Latina e abriga a maior base de apoio offshore do mundo (texto da Wikipedia – um tanto ufanista).

 


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