O tipo clássico é provavelmente o mais conhecido e colecionado entre todos os carimbos. Na minha coleção, eles representam mais de 20% do total de carimbos e, se somados ao tipo [2], chegariam a 30% do total.

Seu estilo se destaca por círculos duplos concêntricos e datador em três linhas com o mês alfabético. Trata-se basicamente do mesmo layout do tipo [2]; o que os diferencia é possuir sempre legenda inferior, ganhando com isso mais alternativas de descrição do local de origem e do tipo de serviço.

Inicialmente nas “Secções” do Correio Central, no último decênio do Império, ele é largamente utilizado sobre as primeiras séries regulares da república tais como Cruzeiro, Cabecinha, Tintureiro e, principalmente, a Madrugada, a mais clássica. Os quatro primeiros subtipos mencionados abaixo são dessa época, de 1889 ao final dos anos 1910. Com pequenas variações de tipologia, continuou sendo usado nas emissões seguintes, tais como Próceres, Alegorias e Vovó.

O tipo clássico e seus subtipos circularam por mais de 50 anos. Assim, é natural que existam uma infinidade de pequenas variações, sempre difíceis de distinguir e classificar. Para facilitar o colecionador e evitar excesso de detalhes, limitei o numero de subtipos às características facilmente reconhecíveis, tais como o numero de dígitos do ano, a existência de orelhas, ou o período de circulação.

As imagens apresentam os mais antigos exemplares de cada tipo.

O Subtipo [4a] (Padrão Nacional BR-03) possui datador em 2 dígitos; circulou no século XIX; é o mais comum dos tipos.

O Subtipo [4b] (Padrão Nacional BR-04): o datador foi modificado para acomodar os 4 dígitos do século XX. Circulou principalmente entre 1900 e 1910, quando começa a aparecer outro tipo, o [4f], com ligeiras modificações de formato e tipologia, que veremos mais adiante.

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Os dois  tipos seguintes são inovadores ao introduzir a partir de 1889 as “orelhas” como parte  do desenho. Isso os permitiu adicionar mais uma informação ao carimbo, o que o torna particularmente útil na estrutura do correio central, como vemos na imagem do quadro onde se lê que foi utilizado pela 1a.Turma do Turno da Tarde da 4a.Secção. O correio ambulante, também administrado pela Central, seguiu o mesmo método e juntos respondem mais 95% dos carimbos desse tipo. Ou 100% se somarmos as Sucursais do correio urbano do Rio de Janeiro.

O Subtipo [4c] tem orelhas e o datador em dois dígitos (século XIX) sendo o menos comum dos quatro, tendo circulado só por 10 anos.

O Subtipo [4d] igual ao anterior com o ano grafado em quatro dígitos. Circulou principalmente entre 1900 e 1910, quando começa a aparecer outro tipo, o [4f], com ligeiras modificações de formato e tipologia, que veremos mais adiante.

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O tipo [4e] se destaca dos demais subtipos por ser o único com datador em linha única ( DD-MMM-AA) . Ele circulou somente de 1891 a 1899 e numa única seção do Correio Central. Inicialmente na 1a. Secção até 1894, quando um novo regulamento criou a 5a.Secção transferindo a esta as atribuições da 1a.S (e também o formato do datador…).

Subtipo [4e]  Além da Secção descrita acima, não tenho conhecimento de uso similar em outras partes do Estado do Rio e tampouco no Brasil.

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Os dois tipos seguintes são similares ao [4b] sendo talvez um pouco de preciosismo não consolidá-los. De qualquer forma, eles possuem formatos um pouco maiores, sendo a média do [4f]  25,5×13 mm e do [4g] 27,5×13 mm. Como o circulo interno permanece constante, o corpo das letras das legendas aumenta, e no fundo é o que faz a diferença dos tipos.

O subtipo [4f] além das variações de formato mencionadas acima circulou entre 1910 e 1920. Nem sempre é fácil fazer a distinção para seu antecessor [4b].

Nota: Este tipo não possui orelhas em seu desenho básico. Entretanto, dos 300 exemplares na coleção, encontrei 5 exceções. Duas delas na 6a.S, carimbos de recepção – CRJ 263 e 264. Outras três nos carimbos de serviço registrado da 7a.S – CRJ 305, 306 e 307. Exemplares curiosos e diferentes entre si – o que não me pareceu suficiente para criar um subtipo.

O subtipo [4g] Petrucci os classifica como Padrão Nacional BR-05. Circulou entre 1920 e 1930. O desenho é agradável e claro. Não possui orelhas.

Os últimos exemplares desses dois  tipos são datados de 1949, encerrando a tipo [4], de longe o mais difundido dos tipos.

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