Uma das maiores favelas da cidade, a comunidade se espalha pelas encostas da floresta da Tijuca entre a Gávea e São Conrado. A casa número 1 da estrada da Gávea é considerada o primeiro imóvel da Rocinha e chegou a ter suas obras embargadas pelo Prefeito Pedro Ernesto em 1932. A lentidão do trâmite jurídico acabou incentivando novas invasões e o surgimento dos primeiros barracos de madeira na região. O processo de ocupação acelerou-se a partir da década de 1950, quando houve um aumento de migração de nordestinos atraídos pela construção civil.
Mais recentemente, o poder público investiu na região. Em 2010, foi inaugurado o novo Centro Esportivo da Rocinha, ligado à comunidade por uma passarela em “S” projetada por Niemeyer sustentada por um grande arco (imagem). Em 2011, foi implantada uma UPP (unidade de polícia pacificadora). Outro excelente benefício à comunidade e ao bairro de São Conrado foi inauguração em 2016 de uma nova a estação do Metrô. A linha segue até a Barra.
Anúncio da Prefeitura do Rio publicado no Jornal do Brasil de 19 de setembro de 1982 comunica “a inauguração do Centro Comunitário da Rocinha na estrada da Gávea, localidade do Laboriaux. Ela é constituída de uma agência postal, a ser operada pela ECT, e de uma quadra de esportes”. Pouco dias antes, no dia 4 do mesmo mês, outro anúncio comunicava a inauguração da “primeira agência postal em favela” no vizinho morro do Vidigal (vide).
Uma comunidade com 69 mil habitantes segundo o censo IBGE de 2010 não possuir uma agencia postal seria sinal de novos tempos? É uma população maior do que muitos municípios do estado do Rio.
MRJ 528 – Rocinha (1982-2018)
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