Vidigal

O major de milícias e intendente da polícia Miguel Nunes Vidigal, de grande influência no Primeiro Império, recebeu dos monges beneditinos em 1820, extensas terras que iam das encostas da Pedra Dois Irmãos até o mar, onde construiu a Chácara do Vidigal. Em 1886, seus herdeiros venderam a propriedade ao Engenheiro João Dantas. O acesso à área se dava pelo tortuoso caminho da Chácara do Céu, que vinha do Leblon.

Só em 1913, o Professor Charles Armstrong aproveitou o leito abandonado do projeto cancelado de uma ferrovia litorânea, para servir de caminho ao seu Colégio Anglo-Brasileiro no Vidigal. Em 1919 o Prefeito Paulo de Frontin alargou e prolongou o “Caminho de Armstrong” criando a panorâmica Avenida Niemeyer, em homenagem ao Comendador Conrado Jacob Niemeyer. Considerada uma das mais bonitas vistas do Rio de Janeiro, o bairro-favela surgiu na encosta na década de 40 e hoje expandiu-se na direção do Leblon com a comunidade Chácara do Céu.

Em anúncio publicado em 4 de novembro de 1982 no Jornal do Brasil, o DCT proclama a “inauguração da primeira agência postal em favela no Rio de Janeiro”, na estrada do Tambá, 735. No mesmo anúncio, prevê a breve inauguração da Rocinha. (pelos meus registros, esta é mais antiga, inaugurada em 19/09/1982).

MRJ 642 – Vidigal (1982 –  )


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