Agencias Temporárias | AGENCIAS POSTAIS

Um caso particular de agencia postal é a temporária (algumas vezes referida por ‘especial’), em operação por semanas ou meses em feiras, exposições ou congressos. Algumas eram oficialmente instaladas, enquanto outras eram simples postos de correio com agentes destacados apoiando os eventos.

Estabelecer a distinção entre elas é um desafio. Tentei registrar no site somente aquelas sobre as quais pude encontrar menção em documentos postais ou registros na imprensa. Seguem alguns exemplos:

FEIRA DE AMOSTRAS DO DISTRITO FEDERAL

As mais famosas agencias temporárias são provavelmente as instaladas nas Feiras de Amostras realizadas no então Distrito Federal (cidade do Rio de Janeiro). Foram realizadas quatorze exposições entre 1928 e 1955 e várias contaram com essas agencias. Tomarei a XIII Feira de 1940 como exemplo. Nesta, a documentação é completa: há registros da criação e extinção da agencia por Portarias do Diretor Geral.

Curiosamente, o primeiro registro refere-se à “VIII Feira Internacional” , alterado para a correta XIII Feira no ato de extinção.

O envelope atesta o uso postal, com porte registrado (coleção do autor).

FEIRA DE AMOSTRAS DE NITEROI – RJ

Caso semelhante é o da I Feira de Niteroi, realizada como parte dos festejos pelo
centenário da cidade. Não encontrei ato oficial com a criação da agencia temporária, mas sim uma nota na imprensa, dentro de matéria de 27 de abril de 1935 sobre a inauguração da exposição, informando sobre a instalação de “uma agencia postal telegraphica, que passará a funccionar logo após a inauguração do certamen.”

O envelope mostrado abaixo tem o carimbo de postagem da agencia temporária, que atesta o uso postal.

FEIRA DE AMOSTRAS DE SÃO GONÇALO

Diferentemente dos dois exemplos anteriores, vemos aqui o uso de um carimbo comemorativo da feira realizada em 1940 na cidade de São Gonçalo. Há um carimbo comemorativo “Feira de Amostras de São Gonçalo”, mas vê-se que o serviço foi feito na agência central de São Gonçalo, conforme atestam os carimbos “AGENCIA DE S. GONÇALO” e também o “Agencia Postal Telegráfica – SÃO GONÇALO” usado como obliterador.

Nesses casos, um funcionário dos Correios era destacado para trabalhar na Feira e selar e receber a correspondência local. O serviço era feito depois do expediente na agência, conforme atesta o carimbo inferior “D.H.”.

Não encontrei registro de existência de agencia no local e portanto, não a classifiquei como temporária.