Sua origem está ligada à Condor Syndikat que operou no Brasil em 1927. A matriz alemã foi absorvida em julho de 1927 pela recém fundada Lufthansa, mas sua operação no Brasil continuou independente até dezembro de 1927 quando foi fundado o Syndicato Condor Limitada (texto do Portal Aviação Brasil – aviacaobrasil.com.br)
Em 8 de novembro de 1927 foi lançada a emissão postal “Syndicato Condor” com selos de valores $500 a 10$000 que substituiriam os “carimbos-selo” triangulares utilizados nos voos precursores da Condor Syndikat (ver página).
Em 1º de fevereiro de 1934 foi inaugurado o serviço de malas postais semanal para a Europa operado pela Condor-Lufthansa resultado da parceria entre as duas empresas (anuncio publicado no Correio da Manhã nessa data).
Envelopes com essa anotação ou carimbos dessas empresas começaram a aparecer. O serviço funcionou até 1939 quando foi interrompido pela II Guerra na Europa.
A Condor operou linhas no Nordeste a partir de 1928 que foram expandidas em fevereiro de 1930 com a abertura da linha Rio de Janeiro – Natal. Com a Segunda Guerra Mundial a empresa, num movimento para reduzir seus vínculos com a Alemanha, alterou seu nome para Serviços Aéreos Condor Ltda em 19 de agosto de 1941.
No início dos anos 1940, a Condor era a maior empresa aérea do Brasil, disputando a liderança com a Panair. Em 1943 a Condor mudou seu nome definitivamente para Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul.
Os carimbos da Condor (AER 8) são semelhantes aos tipos 5, 6 e 7 anteriores. É o formato catalogado na carimbologia como 12b: uma variante do tipo 12 “algarismos grandes” que, neste caso, possuem legendas em duplas linhas. Um bonito carimbo, na minha opinião.
Imagens do tipo AER 8
Os carimbos AER 8 do Syndicato Condor (AER 8) seguem o mesmo layout dos AER 5 (Nyrba) AER 6 (Panair) e AER 7 (Pan Am) e também tiveram permissão para obliterar os selos das emissões regulares bem como da emissão particular “syndicato condor” encomendados pela “Syndikat Condor” na Alemanha em 1927.
Diferentemente das anteriores, os carimbos da Condor utilizaram uma linha de pontos como separadores das legendas superior e inferior. Curiosamente, existem 5 subtipos com o número de pontos variando de 3 a 7 (AER 8a a 8e). No caso dos utilizados no Rio de Janeiro, encontrei tipos com 3, 4 e 7 pontos. Já com 5 e 6 pontos, somente em outras cidades. Para ilustrar, também os apresentei juntamente com os do Rio.
Existe ainda um separador em forma de hélice que aparentemente foi utilizado basicamente no Rio (*). Ele está numerado como subtipo 8f. Vale dizer que o de sete pontos também só encontrei no Rio de Janeiro).
(*) Recentemente, o Boletim da SPP (nº 236, dezembro de 2019) publicou um artigo de Wady Nagem Vidal intitulado “Syndicato Kondor” onde aborda os tipos Condor. Lá, encontrei menção de Cuyaba também com separador hélice.
Envelope postado no Rio de Janeiro em 14 de outubro de 1929 com destino a Pelotas RS. Franquia de $300 (porte interior) e taxa aérea de 4$000 em selos da Condor. O carimbo no Rio de Janeiro é o de 4 pontos (AER 8b). Carimbo de recepção em Pelotas no verso em 15.10.
Envelope postado no Rio de Janeiro em 3 de janeiro de 1931 com destino a Pelotas. Franquia de $300 referente a porte interior e taxa aérea 1$000. Carimbo de recepção em Pelotas no dia 7. O carimbo aplicado no Rio de Janeiro é o subtipo AER 8f com separador em hélice.
©2012-2022 agenciaspostais.com.br rev. fev.2022