O Departamento Santos Dumont no Serviço Postal Aéreo

Introdução

O pontapé inicial para o serviço aéreo em larga escala no país foi marcado pela publicação das “Instruções (..) para o transporte aéreo postal” em 1927 [1]. Uma dezena de empresas privadas passou a operar no mercado brasileiro e o volume transportado passou de quase zero para mais de três milhões de objetos em 1933.

O cenário de crescimento explosivo exigia adequação da estrutura operacional e do regulamento postal dos Correios. Uma das propostas foi a criação um novo departamento nos Correios estaduais que ficaria responsável por centralizar a coleta e a distribuição da correspondência aérea com o objetivo de “ao menos atender ao Serviço Aéreo para evitar que ele caia nas mesmas dificuldades dos demais, através de uma organização racional, sendo autônomo e diretamente subordinado ao Diretor Regional” [2].

O Decreto 22.673 foi publicado em 28 de abril de 1933 estabelecendo “novas normas para a execução do serviço postal aéreo no Brasil” [3], baseado no qual foi publicada em 8 de novembro de 1933 a Portaria 1302 do DGC alterando o Regulamento de 1921 sobre os serviços de tráfego postal no Distrito Federal. O Correio Central do DF, que se organizava em oito seções desde 1911, neste regulamento trazia uma “9ª Secção” cujas responsabilidades, em resumo, seria controlar todo o trâmite da correspondência aérea.

Entrementes, registrava-se o trágico passamento do nosso pioneiro da aviação Alberto Santos Dumont em 23 de julho de 1932, que gerou grande repercussão em todo o país e, particularmente, no correio aéreo que já contava, desde 1931, com o Serviço Postal Militar mantido pela FAB, embrião do futuro Correio Aéreo Nacional.  Era de se esperar da administração central dos Correios um movimento de homenagem ao herói nacional.

O Departamento Santos Dumont

Este veio em 13 de outubro de 1933 com a decisão do Diretor Geral dos Correios de “dar o nome de Departamento Santos Dumont a todas as seções ou dependências postais do país em que se execute o serviço de correspondência aérea” [4].

 

Nos meses seguintes à publicação encontrei, na hemeroteca da Biblioteca Nacional, notas de diversos jornais do país com menção aos respectivos Departamentos Santos Dumont (DSD) que vinham sendo instalados nos estados, a saber:

No Paraná, jornal O Dia em 20.07.1934 comunicando o aumento de três funcionários no quadro “da nova divisão organizada em maio último, com dois funcionários encarregados de toda a correspondência aérea, que recebeu o sintomático e expressivo nome de Departamento Santos Dumont”;

No Rio Grande do Sul, jornal A Federação em 26.07.1935, referindo-se ao fechamento de malas no DSD;

Em Santa Catarina, jornal Republica em 26.10.1937 descrevendo a linha de malas do Correio Aéreo Naval;

No Rio Grande do Norte, jornal A Ordem em 31.01.1937, comunicando o volume de correspondência aérea informado por funcionários do DSD;

Nos estados de MG, BA, ES e PE não encontrei menção na hemeroteca.

Em São Paulo, não há menção em jornais paulistas (*), mas o Jornal do Commercio do RJ publicou nota em 21 de abril de 1934 sobre o ato de inauguração, no DCT de São Paulo, “do medalhão de Santos Dumont no Departamento Postal Aéreo, denominado Departamento Santos Dumont” com a participação de representantes do 1° Congresso Nacional de Aeronáutica que estava sendo realizado na cidade na mesma época, e que por sua vez foi homenageado com emissão de selo postal em 15.04.1934 [5]

(*) ressalto que estou pesquisando na BN, no RJ. Noto que, provavelmente como reflexo da revolução constitucionalista de 1932 liderada por SP, há uma interrupção de alguns anos no acervo de jornais paulistas.

No Rio de Janeiro, também não encontrei menção literal ao DSD na hemeroteca. No entanto, há uma nota publicada no jornal O Globo de 31 de dezembro de 1933 sobre a “inauguração, na 9ª Secção do Tráfego Postal, de uma placa como homenagem do DCT à memória de Santos Dumont” [6]. Essa seria portanto a primeira menção no país à DSD, uma vez que sabemos ser esse o nome oficial da 9ª Seccção [2]

No Espirito Santo, como já mencionei, não encontrei nota na imprensa. No entanto, tenho na página desse estado, na cidade de Vitória, vários carimbos com legendas Dept. ou Dep. Santos Dumont entre 1935 e 1955, que reproduzo abaixo:

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NOTAS E INFORMAÇÕES

[1] “Instrucções approvadas por portaria desta data para a execução do transporte aereo de correspondencias postaes”. Assinada pelo ministro de Estado dos Negocios de Viação e Obras Publicas em 17 de março de 1927 (DOU, março de 1927)

[2] Os textos referidos estão no artigo “O Serviço Postal Aereo no Distrito Federal” publicado na Revista do Serviço Publico no Brasil, Volume III, nº3 1939 pg. 30 por Luiz Paulistano de Santana https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/9484.

[3] Portal da Legislação Informatizada da Câmara dos Deputados.

[4] Nota no jornal O Globo do Rio de Janeiro na edição de 13.10.1933. Não encontrei menção à publicação de uma nota oficial dos Correios sobre o assunto.

[5] Nota do Jornal do Commercio e imagem do selo comemorativo (acervo do editor)

[6] Nota publicada no jornal O Globo, edição de 31 de dezembro de 1933.

 


©2024 www.agenciaspostais.com.br (artigo do editor do site, Paulo Novaes, em 20 de abril de 2024)

Estação de Rialto ou Realto em Barra Mansa

Estação do Rialto em Barra Mansa (estudo)

Escopo

Há uma controvérsia sobre o nome da agência postal Rialto, uma vez que ele aparece grafado Realto nos seus primeiros carimbos.

A região

Para introduzir o tema, começo por apresentar a cidade de Bananal em S. Paulo. Sede de uma das áreas mais ricas do ciclo do café, Bananal foi fundada por João Barbosa de Camargo na sesmaria que recebeu em 1783. Seu rápido progresso a elevou a freguesia em 1811, vila em 1832 e município em 1849. Para dar uma ideia, sua vizinha Barra Mansa é só um pouco mais antiga, sendo município em 1832.

A região era pontilhada por grandes fazendas, sendo uma das mais importantes a fluminense Rialto, de propriedade de Candido Ribeiro Barbosa, agraciado com o título de barão em maio de 1883, pouco antes da inauguração da estação local [1]. Por sua iniciativa, sua fazenda havia recebido uma linha telefônica em 1882, permitindo sua ligação com Bananal [2].

A estrada de ferro

]A concessão para construção de um ramal ligando a EFDP2º à cidade de Bananal foi concedida em 1880 à Cia. Ramal Bananalense, sendo a diretoria empossada em 1882 e composta por fazendeiros da região. A inauguração do primeiro trecho entre a estação da Saudade e Rialto aconteceu em 8 de agosto de 1883 e o trecho final chegou à estação terminal em Bananal em 1º de janeiro de 1889 [3].

A estação do Rialto

Nota na imprensa nos informa que em 1882 foi demarcado o local da futura estação Rialto [4]. Assim como a fazenda, o nome da estação foi desde aquela época sempre grafado Rialto.

A agencia postal Realto ou Rialto?

Não encontrei informação oficial sobre a criação dessa agencia. Nota na Gazeta de Noticias reza que “por portaria de 19 de setembro de 1883 foi creada uma agencia de correio nas estações da Saudade e Rialto na EF ramal Bananalense” [5]. Uma segunda em 9.3.1884 reza que “foi nomeado (…) agente do correio da estação do Rialto (…)” [6]. Note-se que as notas se referem à “agencia do correio na estação de Rialto” deixando seu nome da agencia subentendido.

Chego finalmente ao foco deste artigo. Sabemos até aqui que a fazenda e a estação eram grafadas “Rialto”. Porém os primeiros carimbos da agencia grafam na legenda superior “Est. do Realto”. Conheço exemplares datados de 1887 e 1893(imagem)

Entretanto, o mapa postal da DGC de novembro de 1888 registra “Rialto” com a bandeirinha de agencia de 3ª. classe. Fica sempre a dúvida: estaria ele sinalizando o local ou o nome da agencia?

A partir de 1897 os carimbos são grafados Rialto (os poucos que conheço)

Conclusão

Nada de fato impede a hipótese de a tal portaria de 1883 dos Correios ter de fato grafado Realto e posteriormente corrigido o nome, mas poderia ser simplesmente um erro de ortografia da gráfica. Mas, em qualquer dessas hipóteses, por que os Correios demorariam tanto tempo para refazê-lo? Não haveria pressão por parte dos fazendeiros locais?

Verifiquei que não há menção ao vocábulo “realto” na internet.
Temos que aguardar a descoberta do texto original da portaria. Alguém a conhece?

Imagens dos carimbos na coleção

ERJ 88 – Estação do Rialto 

Difícil encontrar carimbos de Rialto. Os que apresento abaixo são todos reproduções, com exceção do mais recente. Fazem falta para tentar desvendar a história.

 

Notas
[1] Jornal do Commercio, ed. 6.5.1883

[2] O Globo, ed. 4.5.1882


[3] Livro A Formação das EF no RJ, Helio Suevo Rodriguez 2004
[4] Jornal do Commercio, ed. 31.10.1882
[5] Gazeta de Noticias, ed. 21.9.1883
[6] Gazeta de Noticias, ed. 9.3.1884

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2023 por Paulo Novaes (versão nº2)

Sobre a Agencia Central da EF D. Pedro 2º

 

PARTE 1 – Um pouco de história

Entre 1860-61 seria praticamente extinto o correio urbano organizado na forma prevista no decreto de 1844. Algumas caixas urbanas continuaram a existir sem, contudo, uma estrutura logística consistente. Mostro abaixo duas notas na imprensa que ainda se referem em 1866 à caixa da estação do Campo de Sant’Anna ou Campo da Aclamação [4]  (Diario do RJ, Hemeroteca da BN)

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A rede de agencias urbanas “de letras”

No entanto, o Decreto de 1865 já indicava um renovado interesse no serviço de Correio Urbano em seu Artigo 21, que resultou em uma nota do DGC em 31.03.1868 já nos informava da criação de duas agencias urbanas (imagem ao lado).

Apesar de o final da nota registrar que “brevemente serão criadas agencias em S. Clemente, Largos da Lapa e do Bispo”, nota-se que o projeto ainda não estava totalmente definido.

Sabemos disso porque somente a partir do comunicado de 28 de julho de 1869, quase um ano depois, é que a relação das 11 agencias implantadas até a data aparecem elencadas com letras de “A” a “K” que seria a marca dessa rede. No total, 25 agencias seriam implantadas até 1877, com letras de A a Z (com exceção do “W”).

A agencia Estação Central da estrada de ferro de D. Pedro 2º é criada com esse nome sob a letra “N”  em 4 de setembro de 1869, como se vê na nota da DGC publicada dia 5 no Diario do RJ.

O fim da rede de agencias urbanas do império

Tudo indica que a rede de agencias urbanas foi desmontada por volta de 1880. Um anúncio publicado na Gazeta de Noticias em 10 de junho de 1880 assinado pelo Correio Central informa que “além das 25 caixas existentes nas agencias do correio urbano, colocaram-se mais 24 caixas (…) para recepção de cartas”. Será a última vez que se mencionará as tais agencias em notas da DGC. Como se verá no Almanaque Laemmert, no ano seguinte já seriam 70 caixas.

O Almanaque Laemmert publicava anualmente a lista das 25 agencias urbanas, como se vê na imagem abaixo, extrato da página 389 da edição para 1880.

(nas páginas seguintes do AL, segue a lista das 25 agencias até a letra Z)

No entanto, a partir da edição para 1881 a lista não é mais publicada e em seu lugar encontra-se a relação das “agencias e casas na cidade e subúrbios onde se vendem sellos, etc.” como se vê na iamgem.

(segue uma relação de aproximadamente 70 endereços)

É fato que não há um comunicado oficial (como também no encerramento das sucursais, por exemplo). Mas são fortes as evidências do fim da rede por volta de 1881. Com a república, a rede seria reativada em 1890 e mantendo as “letras”. Ver MRJ 162 mais abaixo.

***

Fontes de referência

A data de criação da agencia em 4 de setembro de 1869 publicada na imprensa, que me parecia um dado oficial e definitivo, acabou por revelar uma controvérsia quando a comparei com outras fontes. São elas:

  • R. Koester começa por apresentar diversos carimbos da estação, que reproduzirei mais à frente nas imagens. Em seguida cita uma nota do Laemmert de 1869 (que se refere a 1868) que fala de “caixa postal na estação do Campo da Acclamação”. Trata-se  de uma informação anterior à criação da agencia. Por último cita o GP de 1880, já bem posterior. Mas, mesmo assim, acaba por não mencionar a DCA. Aparentemente, RK não teve acesso à lista das 25 agencias urbanas – até porque procurei por outras da mesma lista em seu trabalho sem sucesso.
  • Nova Monteiro em seu trabalho “Administrações e Agencias Postais do Brasil Império” lista uma agencia Campo da Aclamação, criada em 3.08.1869 (imagem).

Não sei qual foi sua fonte, mas me parece estranho uma agencia ter sido criada um mês antes da oficialmente reconhecida em comunicado oficial no mesmo local. Acredito que NM também não acesso à lista das 25 agencias urbanas.

  • A tabela Agencias do Correio do Imperio aprovada pelo Ministério da Agricultura e publicada em 1885, que é bastante detalhada, traz o verbete “E. de F. Pedro II (Estação Central) de 2a. classe”, mas a coluna “Data da creação” está inexplicavelmente em branco (uma das poucas nesse trabalho).

 


Parte 2 – As agencias


Aqui reproduzi as agencias que operaram ainda no século XIX ou seja as quatro primeiras. Mas logo em seguida a estação foi renomeada Dom Pedro em homenagem ao centenário do imperador. A matéria completa está no menu “Estação Central”.

MRJ 161 agencia urbana “N” (1869-1881)

Os primeiros exemplares trazem a letra N, referencia da agencia. A imagem é reprodução do carimbo sobre emissão de 1866 (como também indica o P.A.)

O segundo exemplar está apresentado no trabalho de carimbologia de R.K. Trata-se de um carimbo oval, também sobre emissão 1866. O colega Fuad me enviou imagem também sobre a mesma emissão. Pelo menos agora o carimbo deixa mais claro o local de postagem.

Também apontado por R.K. está o carimbo retangular apresentado a seguir. Tenho imagens sobre emissões de 1876, 1877 e 1881. Este último é o mais recente conhecido dessa agência, já que, como disse no histórico, a rede de agencias de letras foi desativada por volta dessa data.

 


MRJ 161A – Agencia Estação Central (1881-1889)


O Guia Postal de 1880 a registra como “Estação Central da E.F.P. II – Côrte”. É uma nova fase da agencia, que mantém o nome, mas utiliza carimbos regulares, ou seja, circulares e datadores. RK o reproduz com data de 1885. Não conheço outra imagem, portanto reproduzi as legendas conforme o texto do colega.

Tenho exemplares do tipo seguinte, legenda E. CENTRAL sobre emissão de 1885 (cifra branca) nos anos de 1886 e 1887.

Aqui, a legenda superior é EST. CENTRAL e a inferior tem a mesma grafia da anterior, mas com layout diferente, entre florões e abreviando P. II. Os dois exemplares estão respectivamente sobre o cifra preta emissão de 1888 e o inteiro emissão de 1889. Este será o último carimbo do império dessa agencia.


MRJ 162 – Agencia Urbana “I” (1889-1895)


História 

No alvorecer da República é implantada uma rede de 12 agências auxiliares com o objetivo de descentralizar algumas atribuições do Correio Central (da então DR-DF).

Já em 30 de dezembro de 1889 o Aviso nº 17 do Ministério da Agricultura – a quem então se subordinava a Diretoria Geral dos Correios – registrava o conceito de agências urbanas que seria regulamentada pela Portaria de 28 de janeiro de 1890 da Diretoria Geral dos Correios. Essa Portaria criava (inicialmente) oito agências urbanas identificadas pelas letras de “A” a “H”. Detalhes e fontes no menu  “Sucursais do Distrito Federal”

A agencia

A Estação Central recebeu a agencia com a letra seguinte, “I” – que estimo tenha sido criada por volta de fevereiro 1890, já que em 31 de março o BP já nos informa a criação das agencias J e K. Uma segunda hipótese é que a agencia tenha acompanhado a ferrovia, que havia sido renomeada E.F. Central do Brasil pelo aviso 143 de 22 de novembro de 1889 (só uma semana depois da proclamação). Fico com essa ultima por enquanto.

O primeiro carimbo dessa agencia na minha coleção é do livro de R.K. datado de fevereiro de 1890. Seu layout peculiar pode indicar ter sido encomendado às pressas para evitar o uso de carimbos do império. A legenda inferior foi grafada E.F.C. BRAZIL para se diferenciar do E.F.D.P.II. dos derradeiros do império.

*

O layout foi alterado logo depois para incluir o “Ag. I do Correio” , mas mantendo a legenda inferior E.F.C.BRAZIL O mais antigo na coleção só aparece em setembro de 1893.

Vale notar que este layout é o único com desenho diferente dentre as 12 agencias de letras da republica. Todos os demais seguem o mesmo padrão com a letra da agencia em ambas as orelhas e a legenda inferior Capital Federal (o exemplo ao lado é da agencia “C” de Botafogo).

Difícil imaginar a razão, a não ser para poder grafar o “Brazil”. De qualquer modo, isso explicaria também a falta de informação oficial sobre a data de criação da agencia.

*

Fiquei em dúvida se os dois próximos carimbos continuariam a ser da MRJ 162, mas a manutenção da legenda inferior “EFCB” e a menção “urbana” no segundo me levaram a mantê-los na agencia urbana.

O terceiro por sua vez é muito similar aos da agencia MRJ 163 por ter a legenda inferior alterada para “D.Federal”. Mas suas datas de 1895 a 1897 não seriam compatíveis. Assim mantive o grupo na 162.

Por último, lembro que a data provável da desativação da rede urbana seria entre 1897 e 1898 pela análise do histórico dos carimbos das 12 agencias.

 


MRJ 163 Estação Central (1895 – 1925)


A partir de 1898 a agencia passou definitivamente a usar o nome “ESTAÇÃO CENTRAL (da E.F.C. do B.)”, com a particularidade de grafar “D. FEDERAL” na legenda inferior. Apesar de manterem um layout constante – com o uso do tipo 4 de carimbo – as legendas e diâmetros apresentaram muitas variações.

Notamos também que a agencia se organiza em distribuições e expedições de malas como várias contemporâneas de grande porte.

Tipos “Distribuição” 

Tipo 1 com legenda E. Central da EFC do B  (2A. Distribuição), ano em 4 digitos

*

Tipo 1 com legenda E. Central da EFC do B  (3A. Distribuição), ano em 2 e 4 digitos

*

Tipo 2 com legenda Est. Central  (2A. e 5A Distribuições), ano em 4 digitos

 

Tipos Expedição

Legenda Est. Central  1A a 3A Distribuições, ano em 4 digitos

Tipos de serviço

Aqui reproduzi as agencias que operaram ainda no século XIX ou seja as quatro primeiras. Mas logo em seguida a estação foi renomeada Dom Pedro em homenagem ao centenário do imperador. A matéria completa está no menu “Estação Central”. assim como as [notas] do texto

 

Paulo Novaes, agosto de 2023

Sobre a “Estação Postal Prainha” DF


MRJ 218 – Estação Postal Prainha (1868-1870)


UM POUCO DE HISTÓRIA

Prainha, mapa A. Merian de 1902 (detalhe)

O logradouro conhecido como Prainha remonta ao período colonial como parte da linha costeira onde existiam pequenos trapiches construídos por particulares.  Pelo menos desde 1840 era denominado Largo da Prainha.

Mapa McKinney-Leeder de 1858, detalhe (BN digital)

No local, entre os armazéns alternavam-se belas casas, entre as quais a do coronel Felipe Neri de Carvalho, considerada uma das mais belas da cidade na época. Posteriormente nesse endereço funcionou entre 1849 e 1867 a Escola Naval e depois até os anos 1910 o Lyceu Litterario Portuguez. Nesse terreno seria erguido em 1929 o primeiro arranha-céu da cidade, o Edificio A Noite. [1]

Algumas ruas do bairro da Saúde conduziam ao largo. Na edição de 27 de junho de 1855 o Diario do Rio de Janeiro transcreve a sessão da Camara Municipal do dia 7 de março, da qual seleciono o seguinte trecho: “Approvando as alterações propostas pela Illmª Câmara para que a rua que começa no Largo da Prainha e vai terminar na rua da Imperatriz, que hoje se conhece por dois nomes da Prainha e do Aljube, se denomine d’ora em diante rua da Prainha em toda sua extensão.” Ela pode ser vista ao centro, no mapa.

Em 2 de novembro de 1871 o largo foi renomeado Praça Vinte e Oito de Setembro, em homenagem a Lei do Ventre Livre promulgada nessa data [2]. Aparentemente a mudança não “pegou” sendo raros os registros com esse nome.

A nova praça Mauá foi inaugurada em 1910 nesse local, no bojo das obras de remodelação do centro e da construção da Avenida Rio Branco, como uma homenagem ao Barão de Mauá, recebendo um monumento com sua estátua de autoria do escultor Rodolfo Bernadelli [3]. Ela continua lá, mesmo após as reformas olímpicas de 2015.

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A E.F. MAUÁ

O empreendedor Irineu Evangelista de Sousa, Barão de Mauá, havia fundado em 1845 a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petropolis que previa linhas de barco a vapor, trem e carruagem para completar o percurso entre o Largo da Prainha e a cidade imperial. Na Prainha, do Trapiche Mauá [4] partiam e chegavam as barcas que a ligavam ao Porto de Guia de Pacobaíba, estação inicial da EF inaugurada em 1854 que posteriormente seria renomeada porto Mauá [5].

 

A foto é da época do mapa, de autoria de Augusto Malta e datada de 1906 e já mostra um grande edifício.

A ferrovia parou em Raiz da Serra sem recursos para construir o trecho da serra. Em 1879 novos sócios constituíram a EF Grão Pará que chegou a Petrópolis em 1883. Finalmente, com a construção da EF do Norte e já sob gestão da EF Leopoldina foram entroncadas em 1888 as duas linhas permitindo a ligação ferroviária completa entre a Corte e a cidade imperial [6].

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A ESTAÇÃO POSTAL

Estação ou Estação Telegráfica eram os termos usados pelos Telégrafos para designar suas “agencias”.  Por sua vez o termo estação postal era na época utilizado genericamente como referência a um local de postagem, trânsito ou destino do objeto postal, como se vê na nota abaixo publicada na imprensa anunciando o trâmite da correspondência registrada. Não se trata pois de sinônimo de agencia postal, estas com características próprias. Não tenho conhecimento de nenhuma outra “estação” como agencia postal no estado do Rio de Janeiro. Na verdade, só encontrei alguns exemplos em Portugal e suas colônias.

Nota da DGC no Diario do RJ, ed. de 27.02.1867

O que se nota é que o termo era utilizado raramente, mesmo na imprensa. Não consta em nenhum documento oficial como por exemplo o Guia Postal de 1880 que registra somente uma agencia no Pará. Também não encontrei referências ao termo estação no detalhado decreto de 1865.

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AS AGÊNCIAS POSTAIS

Nessa época, as agencias eram raras no município;  somente nos anos 1860 apareceram as primeiras agencias postais [7], todas devidamente registradas em documentos oficiais. Assim foram criadas agencias nas estações da EFDP2º (Cascadura em 1862), nos “pontos” de subúrbio (Ilha em 1866) e da zona rural (Matto Alto e Sepetibinha em Guaratiba em 1867).

Mas na zona urbana propriamente dita as agencias só foram criadas entre 1868 e 1871, no bojo do decreto de 1865, constituindo uma rede de 25 agencias “de letras de A a Z”, a primeira das quais a do Catete em 1868. Nessa relação não está a “Estação Postal Prainha” embora nela conste a agencia urbana  “O” (Santo Cristo) na Gamboa (1869) sua vizinha na zona portuária [6].

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CONCLUSÕES

Tudo nos leva a crer que a tal “Estação Postal” esteve em operação nas dependências do Trapiche Mauá. Como não há registros oficiais dos Correios, acabamos por saber da sua existência somente pelos envelopes com essa marca que apresentarei em seguida. Trata-se de uma notável exceção que, na minha opinião, só se justificou por uma especial deferência ao Barão e ao grande movimento de passageiros da linha Mauá pelo Largo da Prainha. Nota-se que teve vida curta – que decidi por fixar entre 1868 e 1870.

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Notas e informações
[1] Brasil Gerson História das ruas do Rio (2013)
[2] Edição do Diario do RJ de 8 de novembro de 1871, transcrevendo sessão da Camara Municipal de 7.11 na qual é citada a portaria do Ministério do Imperio de 2.11 aprovando a referida denominação.
[3] Texto baseado na Wikipedia, verbete Praça Mauá
[4] O Almanak Laemmert de 1892 ainda menciona o Trapiche Mauá e curiosamente como endereço o nº1 do antigo Largo da Prainha. Diz também ser propriedade da Companhia União de Trapiches que, por sua vez, era controlada pela Empresa Industrial de Melhoramentos do Brasil, a mesma que construiu a EF Melhoramentos.
[5] Texto baseado no site Jornal Reliquia.
[6] Site agenciaspostais.com.br (o trapiche foi demolido em 1932)

[7] Há duas exceções, as agencias de Paquetá (1841) e Santa Cruz (1842). Ambas situadas nos limites leste e oeste do município [6].
[8] Anais da Biblioteca Nacional do RJ – 1986.

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OS OBJETOS POSTAIS

São raras as peças dessa estranha “estação” e por isso selecionei algumas peças do acervo dos colegas que me ajudaram a delinear sua história.

Começo por R. Koester, que traz em seu estudo de carimbologia o verbete PRAINHA cujo aposto (Estação Postal) nos indica a peculiaridade da agencia.  Traz dois carimbos, sendo o primeiro o mais conhecido oval sobre emissão de 1866 cuja imagem apresento a seguir.  Infelizmente a qualidade da imagem e o tamanho da peça não acrescentam muito ao estudo.

O segundo é datado de 1899 mas sobre o qual tenho dúvidas, pois se trata de um carimbo regular com datador que foi certamente aplicado por agencia postal que não me parece ser a nossa Prainha (essa imagem está também disponível no trabalho do RK).

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Everaldo Santos (ES) em seu volume “Rio de Janeiro e Espirito Santo” infelizmente se equivoca ao confundir a “Prainha” com a “Praia Pequena”, esta última em Benfica e com DCA em 2 de agosto de 1869 como ele registra. Aliás, mais um argumento em desfavor à Prainha, uma vez que Praia Pequena, ao contrário daquela, fez também parte do conjunto das 25 agencias urbanas de letra como Agencia Urbana “P”.

Fac-simile do livro de Everaldo Santos

E.S. apresenta uma peça S.P. (Serviço Publico) sem selo nem data. A única pista é o destinatário: “dr. Eduardo Bonjean, cheffe do 2º distrito de obras publicas da Provincia”.  Sobre esse cidadão, sabemos pela imprensa que estudou engenharia em Paris e que, recém-chegado, oferecia seus serviços em escritório no Rio em setembro de 1868. Mais tarde, em junho de 1872, nota informa que concorria ao cargo de chefe de linha na divisão do tráfego da EFDP2º.

Nos Anais da Biblioteca Nacional [8] consta o documento “Mappa demonstrativo das Obras que forão orçadas e excecutadas durante o anno de 1869 (…) que foram remetidos a Directoria das Obras Publicas.” Datado em 31 de março de 1870, está assinado por E. dos G. Bonjean, engenheiro-chefe do Segundo Distrito de Obras Publicas da Provincia do Rio de Janeiro. Temos assim a indicação que Bonjean provavelmente recebeu a carta entre 1869 e 1870 enquanto ocupava aquele cargo.

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Klerman Lopes me apresentou recentemente uma peça do seu acervo. Ela traz internamente uma observação do destinatário resumindo o teor da carta. Lá estão sua origem, Raiz da Serra, e a data 21 de janeiro de 1868. Isso levanta uma questão, pois a agencia dessa localidade só seria criada mais de um ano depois, em 7 de junho de 1869.

Raiz da Serra era na época o ponto final da EF Mauá, estação criada em 1856. Suponho que existisse um sistema de postar a carta, provavelmente uma caixa postal (como indicam as marcas “CAIXA” no envelope), que posteriormente era recebida em trânsito na Prainha onde se aplicaria o carimbo. Lembro que na vizinha Fabrica de Pólvora já existia uma agencia desde ca.1863 e que provavelmente tenha sido transferida em 1869 para Raiz da Serra, data confirmada oficialmente.

O selo (emissão de 1866) e o destinatário da carta – Costa Madeira & Cia. são compatíveis com a data apontada na carta (essa firma foi criada em 11 de maio de 1867, data de sua constituição que consta em nota na Gazeta Mercantil na hemeroteca da BN – Imagem abaixo).

 

Nota do Corrreio Mercantil, ed. 11.05.1867

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Uma imagem de carta do acervo Jacques Benchimol me foi gentilmente cedida pelo colega e apresenta grande semelhança com a anterior, com os mesmos personagens. Desta vez, datada de 10 de junho de 1869.

 

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O colega Fuad Ferreira Filho também colaborou enviando a imagem de carta de seu acervo que apresento abaixo, datada 22 de abril de 1868. A carta tem a particularidade de ter sido postada na Prainha com destino ao Registro do Parahybuna (MG). O fato de ter sido postada na Prainha explica-se por ser este o melhor caminho nessa época, uma vez que a EF Mauá integrava o trajeto para MG, a chamada “Variante do Proença” que passava por Petrópolis. A ligação ferroviária com Paraibuna só seria completada com a EFDP2º chegando em 1874.

 

Todas essas imagens me basearam para propor 1868 a 1870 como a época de funcionamento.

A segunda parte deste artigo continua no menu Praça Mauá. Clique para ver.

Correio Geral da Corte

Terminada a revisão do site nas áreas do Município do Rio de Janeiro (MRJ) , do Estado do Rio de Janeiro (ERJ) e do Estado do Espírito Santo (EES), estou trabalhando na revisão e reestruturação da agencia central do Rio de Janeiro (CRJ), desde o período pré-filatélico até a reestruturação dos Correios pelo governo militar nos anos 1960 e a criação da “Agencia Central do Rio de Janeiro” em 1962.

Um trabalho extenso, que compreenderá a renumeração de centenas de exemplares.

Espero terminar dentro do primeiro semestre deste ano.

Paulo Novaes

Ano novo, site renovado

Ao longo de 2022 atualizei o site, com mais ênfase à história das agencias postais e com a inclusão de centenas de novas peças. Vale visitar as agencias do município do Rio, entrelaçadas que são à história da Corte e do Brasil. As do interior do estado também trazem boas surpresas, principalmente na época imperial.

A estrutura do site privilegia a história, e portanto a geografia, para dar ambiente sócio econômico à criação e localização de cada agencia. Em decorrência, a localização das agencias fica mais difícil do que por exemplo num guia postal alfabético. Por isso, dei uma reestruturada no menu Busca e Indice Geral que permite tambem uma rápida busca alfabética.

Convido os colegas a uma visita e apreciaria seus comentários.

Um bom ano para nós.

Paulo Novaes

 

“Serviço Imperial”

A marca postal S+I+DECAMPOS tem aparecido nos catálogos RHM, pelo menos desde 2008, no capítulo referente a carimbos pré-filatélicos sob nº P-RJ-05 com a observação de que se conhece uma única peça do tipo.

Como me dedico especialmente à carimbologia do Estado do Rio, perguntam-me vez por outra se tenho informações sobre ela, o que eu vinha negando. Numa revisão recente do site em 2021, voltei a me debruçar sobre o tema.

Orientei minhas pesquisas para o significado da abreviatura ( S+I+ ). Dentre as alternativas, a que me pareceu mais adequada foi “Serviço Imperial” até porque também aparecia assim em Portugal. No entanto, esse epíteto aparece relacionado uma grande variedade de coisas, tais como meio de transporte ou até serviço de porcelana.

Um documento finalmente atraiu minha atenção. Foi publicado pelo Anuário do Museu Imperial de Petrópolis em 1942. Trata-se da “Instrução para o Correio Público estabelecido entre esta capital e as vilas de Jundiaí, São Carlos, Itú e Sorocaba.”

O artigo “Vinte Hum” desse documento reza (sic): “Somente as cartas e papéis dirigidos pelas Authoridades constituídas ou pelos seus Secretarios, ou Escrivaens, que houverem por objecto o Serviço Imperial, e Nacional, serão isentos de taxas, e para o que se deve expressar nos subscriptos o titulo da Authoridade, que os dirigir (…)” Está assinado e datado “Sam Paulo, vinte e cinco de Novembro de mil oitocentos e vinte e quatro – o Secretario do Governo Joaquim Floriano de Toledo.

O grifo (meu) remete naturalmente ao detalhado capítulo “Marcas de Isenção de Porte” que está à pg. 21 do Vol. I do catálogo RHM de selos do Brasil 59ª edição de 2016. Os tipos descritos sob o nº MIP-m4 e MIP-m4A se referem exatamente ao Serviço Imperial e Nacional. Mais adiante, à pg. 23, são reportados exemplos de serviço COM SUFIXO. Finalmente, à pg. 27, trata-se de marcas de isenção aplicadas por carimbo. A pergunta que fica é: o carimbo S+I+DECAMPOS não deveria estar classificado nessa seção do catálogo ao invés dos pré-filatélicos?

Enderecei essa questão ao Peter Meyer, editor do referido catálogo, que me enviou o seguinte comentário:

(…) “a peça que está na minha coleção foi escrita no dia 19 de fevereiro de 1836 para Benavente com porte de 100 réis e carimbos ITAPEMERIM + S+I+DECAMPOS (apagado). Tudo indica ser Serviço Imperial e entraria no capítulo de marcas de isenção postal caso seja encontrada uma peça isenta de porte com este carimbo. Como eu faço (ou procuro fazer) o catálogo apenas com peças que me são apresentadas pessoalmente, eu não faria esta mudança”.

Com a questão em suspenso, conforme opinião do colega, eu incluí a imagem nos carimbos de serviço de Campos acompanhada por este artiguete de esclarecimento.

(cópia da página de carimbos de serviço Campos atualizada nesta data de 27.02.2022)

Dez anos de agenciaspostais.com.br

Prezados amigos,

Neste dezembro, o site agenciaspostais.com.br está comemorando 10 anos de atividade. Nesses anos, aprendi muito com o seu crescimento, que se tornou muito maior do que eu imaginava, já que havia definido como escopo somente dois estados relativamente pequenos, o Rio de Janeiro e o Espirito Santo.

O que mais mudou com o tempo e a pesquisa foi a percepção de quanto a criação de cada agencia postal refletia o ambiente político, geográfico, econômico e histórico no qual ela tinha nascido. O que rendeu inúmeras e saborosas narrativas sobre pessoas, locais, fazendas, empresas, estradas de ferro…

Os números atuais são cerca de 3.500 agencias postais, 8.000 carimbos diferentes e 25.000 páginas no site.

Neste ano de 2021 me dediquei especialmente ao interior do estado do Rio. Hoje, cada uma das 1.700 agencias fluminenses tem no site uma descrição do local geográfico, datas de funcionamento e sua história político-econômica. Além, é claro, de todos os carimbos que encontrei por ela utilizados nestes últimos dois séculos. O site está cada vez mais próximo do seu subtítulo “História Postal do Rio de Janeiro através de suas agencias e seus carimbos”.

Este é um trabalho aberto a todos, sem fins lucrativos e feito com muita dedicação. Selecionei dois dos 92 municípios como exemplo do trabalho feito:


Valença

Valença


Silva Jardim

Silva Jardim


Meus agradecimentos aos colegas que me apoiaram. Ano que vem tem mais!

 

As freguesias históricas no rio Macacu

Veja na página do município de Itaboraí história detalhada sobre as freguesias históricas da região do baixo curso do rio Macacu, entre as mais antigas do estado do Rio. Entre elas, Aldeia de São Bernabé (mapa abaixo), Vila Nova de São José d’El-Rei,  Tamby, Porto das Caixas, São João de Itaborahy e Santo Antonio de Sá. Esta última já tinha matéria no menu História Postal/municípios extintos.

Na parte alta do curso do rio Macacu, no município de Cachoeiras do Macacu, veja também a história das freguesias de Santíssima Trindade e Santa Anna, esta última com carimbo de letras “S. ANNA” sobre olho-de-boi (imagem abaixo).